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Alter do Chão: nossas dicas deste oásis paraense

por Gabriela Mendes
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➡ Esse post foi escrito pela Bibi e atualizado pela Ursa em 2018. <3

Acredite: uma das melhores praias do Brasil tem água doce e fica em meio à floresta Amazônica e Alter do Chão merece ser incluído como um destino pra quem gosta de natureza e faixas de areia lindas.

O Caribe Amazônico ainda é pouco explorado no turismo nacional. O local é uma vila de pescadores que fica a 35 quilômetros de Santarém, a segunda maior cidade do Pará. A água transparente do Rio Tapajós deixa a paisagem paradisíaca, com areia branquinha e muita natureza intocada nos arredores.

Alter é perfeito para relaxar, já que suas praias têm cadeiras e mesas – literalmente – dentro d’água, comidas regionais deliciosas e uma estrutura turística rústica, mas bem completa. Fazer um passeio de barco é obrigatório, assim como admirar o pôr do sol, tomar banho de igarapé e provar um tambaqui na brasa, um dos peixes típicos da região.

A época de seca do Rio Tapajós é a mais recomendada para visitar a região, entre os meses de agosto a janeiro, pois são formadas ilhas e faixas de areia perfeitos para tomar banho em verdadeiras praias de água doce. Confira abaixo os melhores atrativos de Alter:

O que fazer em Alter do Chão

Ilha do Amor

Durante a época da seca é formada uma ilha de banco de areia com formato de coração, por isso o nome Ilha do Amor. Ela está localizada no centrinho da cidade, sendo de fácil acesso. Por lá há diversas barraquinhas que servem belisquetes, como iscas de peixe ou ainda o almoço completo, como um churrasco de tambaqui com cerveja gelada. Nada mal.

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Pôr do sol na Ilha do Amor, a praia que fica no centrinho de Alter do Chão

Praça Sete de Setembro

A praça fica no centrinho de Alter, onde tem restaurantes, pousadas e lojas. A dica é que o wi-fi é gratuito por lá. No meio da praça ficam várias barraquinhas com tacacá e vatapá, pratos indígenas típicos da região (e uma delícia!). Eles custam cerca de R$ 7, além de pastéis, sucos e muitas trufas de cupuaçú. Outra dica é experimentar o mingal de banana, muito gostoso.  É lá também que ficam vários guias oferecendo passeios, além do principal mercado da cidade, onde fica o único caixa eletrônico.

Ponta do Cururu

O lugar fica a poucos minutos de lancha a partir da Praia do Amor e é um passeio imperdível por ter um pôr-do-sol maravilhoso. Não há nenhuma estrutura no local, o que faz com que seja ainda mais relaxante e cheio de botos. É possível ir andando até lá seguindo pela Ilha do Amor numa caminhada de cerca de 2 horas.

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Pôr-do-sol na Ponta do Cururu

Praia de Pindobal

A faixa de areia fica no município de Belterra, onde já existiu um dos maiores seringais do mundo. Na época, o lugar era explorado pelos norte-americanos, que deixaram sua marca na arquitetura de algumas casas. A praia é linda, sobretudo por aparentar ser realmente mar já que não se vê a outra margem do rio, mas costuma ficar bem cheia nos finais de semana e feriados. É possível ir de barco, a meia hora da Praia do Amor, ou de carro.

Passeio de Bicicleta: até Pindobal ou de rolé pela cidade

A Ursa, que adora uma bicicleta, foi até Pindobal pedalando, o que pode ser um passeio bem legal se você tem disposição para subidas e descidas de barro. O percurso é de cerca de 8 km para ir e mais 8 km para voltar. Mas se cansar pode arriscar a carona! Para alugar a bike procure o Regis, cuja lojinha fica no centro da cidade. Rola de fazer um pacotão pra ficar com meio de transporte pra viagem toda. Para 10 dias o preço foi 130 reais.

Contato do Regis: (93)9182-9044

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A Praia do Pindobal ainda vazia de manhã cedo

Praia Ponta de Pedras

Ponta das Pedras tem uma paisagem bem diferente das outras praias de Alter, já que, no meio da água, há formações rochosas. O lugar costuma ser perfeito pra quem procura tranquilidade e tem restaurantes, pousadas e quiosques. A Ursa foi no restaurante Panela de Barro, no canto direito, onde tem um tambaqui assado com macaxeira e baião divino e super em conta! O peixe sai por R$80 e dá para até 4 pessoas. Não deixe de provar o charutinho, a melhor iguaria local – peixe frito empanado comido com farinha e limão.

Serra da Piraoca

Com esse nome, fica fácil deduzir o apelido da Serra. A subida é tranquila, de cerca de 40 minutos, com uma bela vista de Alter do topo, sobretudo no por do sol. Imperdível! Só não esqueça de comprar uma água antes de começar a trilha, cuja entrada é logo depois dos barquinhos que fazem a travessia para a Ilha do Amor. 🙂

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Serra da Piraoca vista da Praia do Amor, Alter do Chão

Lago Preto

Um dos locais mais bonitos de toda a região. Apesar do nome, trata-se de uma lagoa cristalina de águas bem verdinhas e cheia de peixinhos. Simplesmente maravilhosa! Normalmente a visita é feita no mesmo passeio de Ponta de Pedras, terminando com o por do sol no Cururu.

Lago Verde

Ao invés de pegar um barquinho para atravessar para a Ilha do Amor, durante a seca, a melhor praia para aproveitar o dia é o outro lado da baía, chamado de lago verde. Desça a escada em frente ao Espaço Alter e siga caminhando até não ter mais barraquinhas e ser só rio e paz.

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O canto do Lago Verde só nosso!

Floresta Encantada 

A floresta é uma mata de igapó que fica inundada seis meses por ano. Os passeios de canoa entram pela mata com as copas das árvores que ficam parcialmente submersas e uma água muito verde. A melhor época para ir ao local é entre fevereiro e julho.

FLONA – Floresta Nacional do Tapajós

A FLONA é impressionante, pra mim foi o melhor passeio de Alter. É possível conhecer em apenas um dia ou pernoitando nas comunidades locais. Normalmente, os guias fazem uma caminhada pela floresta de quatro horas e passeio de barco. A paisagem com muito verde e árvores centenárias deixa qualquer pessoa que ama natureza extasiado.
Para passeios de barco procure o Marcelo. Contato: (93)9181-2865

Saiba mais: Conhecendo a Floresta Nacional do Tapajós – FLONA, em um bate-volta de Alter do Chão

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Um grãozinho perto da Sumaúma centenária, na FLONA

Loja Araribá

A cinco minutos andando da Praça Sete de Setembro fica a Araribá, uma loja com diversos artesanatos indígenas de tribos locais. Mesmo se não for comprar nada, vale a pena só pra observar os objetos, que dizem muito sobre a cultura de cada comunidade.

Sairé

O Sairé é uma festa folclórica-religiosa muito importante para a cultura local e existe desde o século XVIII. É como se fosse um Bumba meu Boi, de Parintins, mas com a disputa entre os botos tucuxi e cor-de-rosa. As procissões contam com muita dança e música. Alter costuma ficar lotado na festa, que rola na segunda quinzena de setembro, mas vale muito a pena presenciar esta manifestação cultural. A dica é planejar a viagem com antecedência.

Ver o encontro das águas

Vale a pena fazer um passeio de barco para observar o encontro das águas do rio Tapajós, que tem águas translúcidas, e do Amazonas, com águas mais amareladas. O interessante é que elas não se misturam, ficando duas linhas no rio com cores diferentes.

Programação noturna

Toda sexta rola um chorinho muito bom no bar que fica em frente a loja Araribá. Confira também o carimbó da praça e a programação do Espaço Alter, onde rolam forrós, carimbós e até maracatu. Super animado.

Onde comer em Alter do Chão

Barraquinhas na Praça Sete de Setembro: tacacá e vatapá por apenas R$ 7, além de bolos, pastéis, trufas de cupuaçú, sucos, mingau de banana e muito mais.

Arco-Íris da Amazônia: serve pratos feitos, sanduíches, sucos naturais e crepes. R$25-30 por pessoa

Farol da Ilha: pratos à base de peixe e vista para o rio. R$40 por pessoa

Estação da tapioca: depois da praça, diversos sabores R$7-10
Siriá: o melhor vegetariano da cidade, que serves pratos feitos na opção pequena R$25 e grande R$30, incluindo bebida. Tem opção vegana também. Super recomendado!

Espaço Alter: espaço gastronômico que depois vira uma baladinha, com forró, carimbó e até maracatu. A comida, apesar de um pouco mais carinha é excelente. R$50-60 por pessoa.

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O tacacá é um prato indígena feito de camarão seco, jambu e tucupi. Delícia!

Onde se hospedar

Mochileiro: Albergue da Floresta e Espaço Comunindios que foi onde a Ursa ficou hospedada no redário e amou, já que o espaço é no meio de um terreno no meio de uma florestinha. O Albergue da Floresta é um espaço com arquitetura regional, valorizando a floresta presente. Já o redário é um espaço coletivo para dormir em rede, sendo a opção mais econômica (variando de R$20-25 de), mas o espaço conta também com quartos coletivos, além de uma cozinha compartilhada. O local faz rituais com ayahuasca.

Econômico e zen: TerrAmor ou Espaço Comunindios que tem também chalés (R$150 para duas pessoas, com café da manhã).

Conforto: Pousada Alter e  Vila de Alter Pousada Boutique Amazônia

Dicas de Airbnb em Alter do Chão

Bangalô Macaco: a partir de R$70/ 1 quarto/ até 5 hóspedes
Casa de Árvore: a partir de R$604/ 3 quartos/ até 8 hóspedes
Suíte Sabor de Açaí – Casa Uru: a partir de R$150/ 1 quarto/ até 3 hóspedes
Bangalô Tipiti: a partir de 140/ 1 quarto/ até 4 hóspedes

Veja mais opções aqui:

Como chegar em Alter do Chão

Avião

Há um aeroporto em Santarém, cidade que fica a 37km de Alter do Chão.  Quando chegar, a melhor maneira de ir até Alter é de táxi e a viagem custa em torno de $ 100.

Barco de Manaus até Santarém

Há uma viagem roots, de dois dias, em um barco de redário que sai de Manaus até Santarém. Se quiser saber mais, dá uma olhada nessa matéria do Viaje na Viagem. Tem também a opção de sair de Belém ou voltar Santarém-Belém, mas ai a viagem é um pouco mais longa.

Transporte terrestre

Perrengue total. Não recomendo, porque as distâncias são muito grandes, tanto de Manaus até Santarém (2112km, pela BR-230), quanto vindo de Belém (1511km, pela PA-457). Além disso, as estradas não são muito boas.

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Um dos visuais da FLONA <3

Outras dicas

💡 Não deixe de ir no Lago Preto e no canto mais afastado do Lago Verde. Mas tome sempre cuidado com as arraias de rio, já que dizem que a ferroada é uma dor horrorosa e pode atrapalhar muito a sua viagem.

💡 Apesar de ter um caixa eletrônico no mercado da praça principal, se for em alta temporada é sempre recomendado levar dinheiro vivo, já que muitos passeios só podem ser pagos em espécie.

Quer saber mais sobre o Pará? Confira aqui:

Conheça a Floresta Nacional do Tapajós, no Pará
Ilha do Combu: arte + gastronomia + natureza
Belém: as melhores atrações da capital paraenseBelém: as melhores atrações da capital paraense
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14 Comentários

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Vitória Neves 13/11/2016 - 10:28

Realmente muito lindo, pena que o acesso seja difícil. Por enquanto, admirando via net e torcendo para que não seja invadido por turistas mal intencionados e exploradores gananciosos. Meu Pará é Lindo!

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Gabriela Mendes 13/11/2016 - 10:30

Também torço por isso Vitória! Por esse lado é bom que o acesso seja difícil né? Aí não vai tanta gente 🙂 Sua terra é linda demais!

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Flávia Fleury Coelho da Fonseca 20/12/2018 - 00:08

Olá,

Obrigada pelo post!
Gostaria de saber se seria intetessante alugarmos carro pra ir pra Alter do Chão. Tem algum benefício de ir de carro ou não é recomendado?

Reply
Gabriela Mendes 20/12/2018 - 13:52

Oi Flávia!
Em Alter não tem necessidade de carro, normalmente os passeios são feitos de barco e a vila é bem pequena, dá pra fazer tudo a pé. Tem alguns lugares que dá para chegar de carro sim, mas só é interessante se você estiver com um grupo… de qualquer forma há outras alternativas de transporte, como o próprio barco, moto táxi, transfer.
Boa viagem 🙂

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