Esse post foi escrito pela Bibi, que conheceu a FLONA em um bate-volta e atualizado pela Ursa, em 2018, que pernoitou no local. <3
A experiência de conhecer a FLONA – Floresta Nacional do Tapajós, é única. A reserva natural fica a uma hora e meia de barco de Alter do Chão, no Pará, e se estende por mais de 600 mil hectares. É impressionante se ver cercado de uma floresta tropical lindíssima e tão pouco modificada. Há várias formas de conhecer o local, mas normalmente os turistas fazem um passeio de um dia, saindo de Alter, ou com pernoite em uma das comunidades como a tradicional Jamaraquá.
Eu escolhi fazer o passeio de um dia, porque estava sem tempo, mas eu certamente recomendo pernoitar para aproveitar mais a região – tem que gostar de aventura, mais pra baixo eu conto sobre a hospedagem. Olha só como foi!
Fechei o passeio com o guia Deco. Nós saímos de Alter bem cedo, às 7h, e fizemos a primeira parada na Praia do Pindobal. Foi ótimo chegar cedinho, porque ainda não tinha ninguém no lugar.

Praia do Pindobal: parece mar, mas é rio 🙂
Depois de meia hora seguimos viagem, ancoramos a lancha e chegamos na comunidade de Jamaraquá, a porta de entrada para a FLONA. De lá, pegamos uma trilha para fazer uma caminhada de quatro horas na floresta com o guia Pascoal, morador local.
Eu achei interessante, porque há um incentivo para que os moradores das comunidades tradicionais se tornem os guias da região. Dessa forma, evita o turismo predatório e ainda gera renda para os ribeirinhos.
A caminhada na floresta foi linda, emocionante. Durante o percurso, Pascoal nos ensinava sobre as plantas medicinais, nos mostrava as árvores centenárias e contava a história do local. Ele também nos explicou sobre o funcionamento da floresta, a que horas os animais saem para se alimentar e como as formigas traçam as trilhas durante a noite. Só tendo essa experiência para compreender tamanha a conexão com a natureza que esses ribeirinhos têm.

Pascoal <3
Depois de duas horas de caminhada, chegamos no ponto alto: a Sumaúma centenária. Apelidada de vovó, ela é a maior atração do passeio. A árvore têm mais de 400 anos e “discretos” 80 metros de altura. É preciso mais de 20 pessoas para abraçar sua raíz. 🙂

É impossível ver a copa da Sumaúma, de tão alta!
A caminhada terminou na mesma comunidade e nós paramos para almoçar a deliciosa comida da Dona Conceição: pirarucu frito, tambaqui na brasa, feijão, mandioca e outras delícias locais. A Dona Conceição, além de excelente cozinheira e artesã e esposa do Bata, que foi guia da Ursa e é o patriarca de Jamaraquá, com 13 filhos e 42 bisnetos. Ela conta sobre a experiência do pernoite na comunidade em outro post.
As energias foram recuperadas e nós partimos para a última parte do passeio: andar de canoa nos igarapés. É incrível ver como a água do igarapé é transparente, dá pra enxergar todo o fundo. Por último, fomos encontrar a lancha na margem do rio Tapajós e a paisagem do local era impressionante: a floresta, o igarapé e o rio, todos no mesmo cenário.
Voltamos com um pôr-do-sol lindo e chegamos em Alter no início da noite.

No caminho de volta paramos em uma praia pra ver o pôr-do-sol
Mais dicas
Com quem fazer o passeio?
Eu fiz com o Guia Deco, que foi indicação do meu hotel de Alter. O ideal é ir com um grupo, para sair mais barato. Na Praça Sete de Setembro, há vários guias que oferecem passeios para o local, mas eu achei os preços mais caros. Contato: (93) 99132-6160
Já a Ursa foi com o Bata, uma figura super conhecida na região e o pai de Jamaraquá. Uma verdadeira lenda viva da floresta. Se quer fazer o pernoite recomendamos acertar com ele ou com sua esposa, Dona Conceição. O próprio Bata busca os viajantes em Alter do Chão com sua lanchinha e guia os passeios. Contato: (93)99113-8458

Olha o Bata!
Valor
120 reais, com tudo incluído, para uma pessoa, para o passeio de dia todo.
190 reais, com tudo incluído, para uma pessoa, com o pernoite e todas as refeições.
E para pernoitar?
Na comunidade de Jamaraquá há a Pousada Nirvana, com redário e quartos. A diária com café da manhã custa a partir de 30 reais. Ou então, se for no esquema do Bata, pode dormir no redário da casa dele, já incluso no pacote do pernoite.
Tem ainda a opção de dormir dentro da floresta, apenas para os muito corajosos!
Pra saber mais sobre a experiência do pernoite na FLONA veja esse post da Ursa.

O redário da pousada Nirvana, em Jamaraquá
Há outras formas de chegar?
Sim, de segunda a sábado há um ônibus saindo de Santarém, às 11h e 14h30, e que demora três horas até Jamaraquá. Nos domingos, o horário é às 16h. Outra opção é ir de canoa motorizada, com a duração de três horas. De lancha voadeira demora apenas uma hora e meia.
Importante
- Não esqueça do protetor solar e repelente
- Beba muita água durante o percurso
- Vá de tênis ou bota de caminhada. Apesar de não ter dificuldade na trilha, o caminho é todo dentro da mata.
- Há uma taxa de R$10 para entrar na FLONA. Normalmente, ela já está incluída nos passeios.
Para mais informações, acesse: http://www.icmbio.gov.br/flonatapajos
Veja mais fotos do passeio
Quer saber mais sobre o Pará? Confira aqui:
Conheça a Floresta Nacional do Tapajós, no Pará
Ilha do Combu: arte + gastronomia + natureza
9 Comentários
[…] FLONA – Floresta Nacional do Tapajós – A FLONA é impressionante, pra mim foi o melhor passeio de Alter. É possível conhecer em apenas um dia ou pernoitando nas comunidades locais. Normalmente, os guias fazem uma caminhada pela floresta de quatro horas e passeio de barco. A paisagem com muito verde e árvores centenárias deixa qualquer pessoa que ama natureza extasiado. Veja tudo sobre o passeio clicando aqui. […]
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Salve, Gabriela, tudo bem? Muito massa o relato. Não consegui achar a postagem sobre a pernoite na Flona. Onde ela está? Valeu!
Oi Carlos! Nós ainda não fizemos esse post, acabei de checar aqui! Mas se tiver alguma dúvida nos avise, que a gente tenta ajudar 🙂