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Onde provar a deliciosa gastronomia paraense em Belém

por Gabriela Mendes

➡ Esse post foi feito pela Bibi e atualizado pela Ursa, em 2018. <3

Para escutar lendo a matéria: Jamburana – Dona Onete

As ruas de Belém têm cheiro de tucupi – e isso é delicioso. Sou suspeita pra falar, porque desde pequena sou apaixonada pela gastronomia do Norte, mas, se você for a Belém e não provar as especialidades paraenses, sua viagem não ficará completa. As comidas típicas são uma grande atração, tanto para serem vistas no Mercado Ver-o-Peso, quanto para serem saboreadas em restaurantes ou barraquinhas de rua. Aliás, se tem um lugar no Brasil que tem gastronomia de rua de primeira qualidade é Belém – cada comida é mais deliciosa que a outra e a preço de banana. Só provando pra saber mesmo, mas dá uma olhada nessas dicas pra ficar com água na boca!

Antes só um esclarecimento sobre as comidas típicas:

1- Parece estranho, mas é bom.

2- Muitos pratos são feitos com tucupi, o suco extraído da mandioca, jambú, a famosa folha que deixa a boca tremendo, farinha e peixes de rio, como pescada amarela, dourada e filhote, os peixes regionais da capital paraense.

Algumas comidas típicas que você tem que provar – tipo uma obrigação:

Tacacá: um caldo feito de tucupi, jambú, goma de mandioca e camarão seco. Numa primeira vez pode parecer muito exótico para o seu paladar, mas é uma delícia.

Pato no tucupi: como se fosse um caldo de tucupi com carne de pato cozida, com mais folha de jambú.

Pirarucu de casaca: pirarucu, farinha do Arini, banana frita e vinagrete – tudo junto.

Vatapá: o vatapá baiano é bem conhecido, mas o paraense é feito de forma um pouco parecida, só que é servido com folhas de jambú e tem um gosto diferente.

Cupuaçu: um fruta deliciosa demais que é usada pra fazer sucos e doces.

Maniçoba: a comida, feita de folha de maniva, precisa ficar uma semana fervendo para tirar seu veneno. Depois disso, é temperada com todos os ingredientes da feijoada. Apesar de ser um prato pesado é super tradicional.

Carangueijo: se você gosta de carne de carangueijo, Belém é o lugar certo para comer. O crustácio sempre está fresquinho e é muito saboroso (eu trouxe até um pacote congelado pro Rio). Os principais pratos são a casquinha e a unha – uma espécie de coxinha recheada com a pata do carangueijo.

Mercado Ver-o-Peso

Se você tem pouco tempo na capital paraense e quer extrair até a última gota da culinária regional, não deixe de ir no Mercado Ver-o-Peso. Além de ver os peixes e produtos in natura, é o melhor lugar para tomar um bom suco, ou apenas cair no meio do pitiú – como diria Dona Odete – para comer um peixe frito com farinha e açaí, pagando muito pouco e com muita autenticidade. Nós damos todas as dicas neste post.

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Os peixes do Ver-o-Peso

E agora outros restaurantes para provar estas delícias:

Portinha: No meio do centro histórico de Belém, tem uma portinha bem discreta, onde funciona um dos melhores botecos que eu já fui. A maniçoba, tacacá, esfiha de pato no tucupi, vatapá e o bolo de cupuaçu me fizeram comer além da conta. O bar não tem nenhuma indicação e a melhor forma de chegar é de táxi ou uber, já que a região pode ser um pouco perigosa, principalmente à noite. Ah, vale lembrar também que é tudo com um preço bem camarada!

Horário de funcionamento: 17 às 22h, de sexta a domingo

Onde: Rua Doutor Malcher, 434 – Cidade Velha

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Esfihas de pato no tucupi do Portinha. Foto: divulgação

Manjar das Garças: O elegante restaurante fica dentro do Mangal das Garças, um dos parques mais bonitos de Belém. Ele funciona com esquema de buffet (cerca de R$ 70 por pessoa) e tem várias comidas paraenses, além de massas, saladas e outros quitutes. Apesar de ser carinho, vale a pena pela comida e pelo ambiente, rodeado de Floresta Amazônica. Mas fica o lembrete que você pode ir até o Mangal apenas para curtir o passeio e a bela vista para o rio.

Horário de funcionamento: de terça a sábado, 12 às 16h/ 20 às 2hrs

Onde: Rua Dr. Assis s/nº – Parque Ambiental Mangal das Garças, Cidade Velha

Boteco Meu Garoto: O melhor lugar para degustar a cachaça de jambú, que faz a boca ficar muito louca! Foi por lá que inventaram esta iguaria. Os petiscos também são honestos e a Tijuca, cerveja paraense, está sempre gelada!
Horário de funcionamento: das 9 às 23hrs.
Onde: Rua Senador Manoel Barata, 928, Campina, Belém

Tacacá da Dona Maria: A barraquinha que fica na Avenida Nazaré, pertinho da basílica, atrai os pedestres pelo cheiro. O tacacá fresquinho (R$ 8) é considerado o melhor de Belém e eu assino embaixo. Além disso, são servidas outras delícias, como bolo de macaxeira, cocada e tucupi, pra quem quer levar o sabor do norte pra casa.

Horário de funcionamento: todos os dias, de 16h às 20h

Onde: Av. Nazaré, 902 – Nazaré (do lado do colégio Marista)

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Só de olhar a foto do Tacacá da Dona Maria já dá água na boca

Point do Açaí: Você sabia que no norte açaí é servido com peixe, camarão seco e farinha? Pois é, parece estranho, mas é bem gostoso. Muita gente está acostumada a tomar o açaí cheio de açúcar, granola e frutas, mas no Pará é diferente. O açaí é purinho, sem açúcar e acompanha pratos no almoço. Mesmo que você ache estranho, vale a pena provar! O Point do Açaí é um lugar bem gostoso que serve pratos executivos e tem lojas em vários pontos da cidade. O mousse de bacuri também é uma excelente pedida!

Na mesa, o açaí é servido num potinho à parte e você tempera conforme o seu gosto: com farinha, tapioca ou, se preferir comer depois, com açúcar, como sobremesa. Mas a moda paraense é misturar na boca ele puro, com farinha e peixe. Uma delícia!

Para horário de funcionamento e localização, acesse os site.

Lá em Casa: O restaurante foi criado em 1972, pela matriarca Anna Maria, que era apaixonada pelos ingredientes regionais. Atualmente o lugar é comandando por sua filha, Daniela, e é considerado um dos melhores endereços para provar a gastronomia paraense. Tem opções à la carte e buffet (que é ótimo para fazer uma degustação dos pratos). A faixa de preço é de, mais ou menos, R$ 70 por pessoa.

Horário de Funcionamento: todos os dias, de 11 às 23h

Onde: Av. Boulevard Castilho França, Estação das Docas, Galpão 2, Loja 4 – Campina

Remanso do Bosque e Remanso do Peixe: Os restaurantes da família Castanho são conhecidos pelo primor da gastronomia paraense. O Remanso do Peixe foi o primeiro e tem um cardápio com as especialidades regionais mais tradicionais. Já o Remanso do Bosque, comandado pelo renomado Thiago Castanho, oferece pratos que fazem uma releitura das gastronomia local e é mais refinado, com um menu de degustação. O valor fica em torno de R$ 100-120 por pessoa.

Remanso do Peixe: Travessa Barão do Triunfo, 2590 – casa 64, Marco – de terça a sexta, das 11h às 15h30 e 19h às 22h30 – sábados, das 11h às 22h30 – domingos, das 11h às 15h30.

Remanso do Bosque: Rua 25 de Setembro, 2350, Marco – de terça a sábado, das 11h30 às 15h e 19h às 23h – domingos, das 11h às 15h – segundas, das 19h às 22h30.

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Filhote na brasa com macaxeira na manteiga e salada de feijão manteiguinha. Foto: divulgação

Beto Grill: o restaurante funciona com um buffet no almoço e serve diversos pratos da gastronomia paraense. Vale a pena para provar um pouco de tudo com muito sabor.

Horário de funcionamento: todos os dias, de 12h às 15h

Onde: Travessa Doutor Moraes, 581 – Batista Campos

Sorveteria Cairu: Faz muuuito calor no Norte, viu? E pra se refrescar o sorvete Cairu é a melhor pedida. Ele já foi eleito como a melhor sorveteria do Brasil algumas vezes e o forte são os sabores locais, como taperebá, cupuaçu e muruci. O meu preferido é de açaí com tapioca, conhecido como mesclado. Já o da Ursa é o carimbó, de castanha do pará com doce de cupuaçú.

Para horário de funcionamento e localização, acesse os site.

Saldosa Maloca: Ir ao Saldosa Maloca é um programa delicioso para o final de semana. O restaurante fica na Ilha do Combu, a 15 minutos de barco de Belém. São servidos pratos de peixe na brasa bem gostosos, além de um açaí purinho, com produção diária das plantações da ilha e outras delícias. Depois de aproveitar o almoço e o banho de rio, ainda rola de se esticar numa rede até a chuva passar. O preço é bem justo: cerca de R$ 40 por pessoa, para comer super bem. Para saber tudo sobre a Ilha do Combu clique aqui.

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Tambaqui na brasa, na Saldosa Maloca

Horário de funcionamento: sábados, domingo e feriados, das 10h30 às 18h

Onde: Ilha do Combu

Quer saber mais sobre o Pará? Olha essas matérias:

:star: Alter do Chão: nossas dicas do Caribe Amazônico

:star: Conheça a Floresta Nacional do Tapajós, no Pará

:star: Ilha do Combu: arte + gastronomia + natureza

:star: Uma experiência no mercado Ver-o-Peso, em Belém

:star: Belém: as melhores atrações da capital paraense

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4 Comentários

Roteiro pelo Pará e Região Norte: Belém, Alter do Chão e muito mais – Gira Mundo 24/02/2018 - 17:29

[…] ver todas as nossas dicas veja este post: “Onde provar a deliciosa gastronomia paraense em Belém” que vai te deixar com água na […]

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Pará: o melhor de Belém e Alter do Chão em um roteiro pela Região Norte – Gira Mundo – Dicas de Viagem e Roteiros Personalizados 20/07/2018 - 20:11

[…] ver todas as nossas dicas veja este post: “Onde provar a deliciosa gastronomia paraense em Belém” que vai te deixar com água na […]

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Elila pantoja 27/08/2018 - 19:37

Sou paraense da cidade de Mocajuba, tenho uma lanchonete e adoro a comida típica paraense, fica em Oeiras do Para venha fazer uma visita

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Gabriela Mendes 28/08/2018 - 15:54

Oi Elila, tudo bem? Que legal, qual o nome da sua lanchonete? Nós somos apaixonadas pela comida paraense, quando voltarmos ao Pará vamos te fazer uma visita sim. Beijos, Gabi.

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