Home Américas O City-Tour de Cusco, uma introdução às ruínas incas

O City-Tour de Cusco, uma introdução às ruínas incas

por Gabriela Mendes

A palavra City-Tour me dá arrepios. A primeira coisa que vem na minha cabeça é um grupo enorme de turistas espremidos em um ônibus com o segundo andar aberto e tirando mais fotos do que conhecendo o lugares. Mas, em Cusco, é um passeio obrigatório. Quando eu fiquei sabendo o que realmente era, me surpreendi e fiquei aliviada. Na verdade, é um tour pelas principais ruínas que cercam a cidade. Você pode até fazer por conta própria, mas vai perder a valiosa explicação histórica de cada lugar. Depois do meu preconceito inicial, eu amei o passeio e recomendo!

Como ir

Eu escolhi contratar uma agência para ter as explicações históricas de cada sítio arqueológico. Fomos com a Eco-tour e foi tudo ótimo. Há também a opção de visitar as ruínas com o transporte público local ou contratar um taxi. Porém, tome cuidado e se informe no seu hotel antes de escolher essas duas opções. Há muita gente querendo passar a perna em turista desavisado! Há ainda a opção de ir a pé, é só seguir pela Calle Suecia, saindo da Plaza de Armas. Não é longe, o problema é a subida e é preciso estar com disposição.

1. Peru e Bolívia - fev (260)

Um dos paredões de ruínas do sítio arqueológico de Saqsaywaman

Quando custa

O meu tour custou 20 soles por pessoa e, para entrar nas atrações, é cobrado a parte. Porém, todas estão incluídas no Boleto Turístico e pagar por cada uma separadamente sai bem mais caro.

Como é o City-Tour

O passeio começou às 13h e encontrei o grupo uma da tarde em frente a Catedral, na Plaza de Armas. Eu preferi não incluí-la no passeio, pois queria almoçar antes. De lá, caminhamos até o Templo do Sol, o Qorikancha. Essa atração é paga a parte (10 soles) e não está incluída no Boleto Turístico.

1. Peru e Bolívia - fev (239)

A construção foi feita em cima das ruínas de Qorikancha

Pegamos o ônibus e saímos da cidade para conhecer as ruínas. A primeira parada foi Saqsaywaman, que está a 2km do centro. Devido à sua aparência, por muitos anos se acreditou que era uma fortaleza Inca. Porém de acordo com as teorias atuais, era um local sagrado dedicado ao culto do deus-sol. O que impressiona é como levaram diversas pedras que pesam até 350 toneladas sem rodas e como eles conseguiram encaixá-las tão perfeitamente. Só os Incas mesmo! Depois de diversos terremotos e invasões dos espanhóis, as ruínas continuam de pé. Além disso, todo ano, no dia 24 de junho, se realiza a Inti Raymi, a Festa do Sol.

1. Peru e Bolívia - fev (269)

Saindo de lá, começou a chover e nós seguimos para Qenqo (a 3km de Cusco). O local era um oratório dedicado ao deus da guerra e um oráculo. Há um enorme bloco de pedra que no passado tinha formato de puma.

O próximo destino foi Puca Pucará (a 8km de Cusco), uma pequena fortaleza Inca. Você pode ver as ruínas de muros, corredores, salas e fontes.

Terminando nosso passeio pelos sítios arqueológicos, fomos para Tambomachay, também conhecido como Baño Del Inca (a 7km de Cusco). Em quéchua, o nome significa “lugar de descanso” e reúne aquedutos escavados na pedra que ainda estão em funcionamento.

Porém, é claro que tinha que ter um toque clássico de “City-tour” e no final do passeio nós paramos em uma fábrica de roupas feitas de lã de alpaca. Foi interessante, pois a vendedora nos ensinou a diferenciar a verdadeira lã de alpaca das imitações made in China que são vendidas nas diversas feirinhas de artesanato. Voltei para Cusco bem cansada, pois o passeio durou o dia todo, até 20h. Porém, fiquei encantada com tanta história que tinha no lugar e foi uma ótima aula sobre a cultura Inca.

Dica: faça esse passeio antes de ir para o Vale Sagrado e para Machu Picchu para se impressionar mais. Se você for depois, vai comparar com as ruínas maiores e não vai achar tanta graça!

Quer saber mais sobre meu roteiro de 24 dias no Peru e na Bolívia? Acesse aqui.

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4 Comentários

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