Afinal de contas que ilha escolher?
Eis a questão. A Tailândia é um país que de norte à sul tem muito a oferecer ao turista. Mas, muitas vezes quando pensamos no destino a primeira imagem de nosso imaginário são as belíssimas ilhas com águas cristalinas e muitos longtails, o típico barco tailandês. Com tantas opções e com tantos estilos diferentes fica sempre a dúvida na hora de planejar o roteiro.
Pensando nisso, compartilho neste post meus erros e acertos em um resumo das principais ilhas tailandesas. 🙂
Krabi, a porta de entrada
Muitas pessoas ficam também na dúvida de que porta de entrada escolher para descer para o sul do país. A província de Krabi, localizada entre Phang Nga e Trang, possui mais de 150 ilhas e 150 km de costa banhadas pelo Mar de Andaman, sendo menor, mais interiorana e acolhedora do que a grande ilha de Phuket e mais relaxada do que Ko Samui. Escolher Krabi à Phuket ou Samui foi definitivamente um acerto.
Para chegar em Krabi é fácil. Uma hora de avião ou uma noite de ônibus noturno saindo da capital. Existe ainda a opção de ir de trem até Surat Thani e de lá ir de ônibus para Krabi, o que pode ser interessante para quem vai para o outro lado da península, colocando a visita a Ko Tao ou Ko Pha Ngan antes de Krabi.
Em Krabi, nos hospedamos em Krabi Town e conhecemos a famosa Railay Beach durante o dia, onde fizemos o passeio das 4 ilhas. Foi uma parada rápida, já que decidimos ir em ambos os lados da península, mas gostaria de ter ficado mais tempo, conhecendo os atrativos da cidade como a caverna Tiger Cave e as piscinas naturais cor de esmeralda (que podem ser conjugados em um único dia), além de Ao Nang, Phra Nang e do passeio para Hong Island, que fiquei devendo.
Portanto, recomendo ao menos 3 dias inteiros por aqui, hospedando-se 1 dia em Krabi Town e nos outros 2 em Ao Nang ou Railay, de onde podemos fazer os tours para Hong Island e 4 ilhas.
Ko Tao
De Krabi Town seguimos para Ko Tao, que além de ser uma ilha super gracinha, é o paraíso do mergulho da Tailândia. Aqui você pode tirar sua licença de fun diver ou Open Water Diver em 3 dias de curso por 9000 bahts ou menos (R$900) e experiências de batismo giram em torno de 2000 bahts (R$200), o que é muito barato. Então se tem vontade de conhecer o mundo embaixo d’água inclua a ilha no seu roteiro.
Resorts, cafés e bares à beira-mar e escolas de mergulho ocupam a parte principal da praia de Sairee, centrinho da ilha. Não deixe de ir até a Nangyun Island, ilhota colada em Ko Tao.
Pessoalmente, esta foi a ilha que eu mais gostei, conto mais nesse post. 🙂
Ko Phi Phi
Voltamos para o mar de Andaman, no arquipélago mais badalado da Tailândia. Ko Phi Phi atual é um resumo de muitas possibilidades entre uma beleza natural de cair o queixo, multidões e uma vida noturna agitada que lhe rendeu fama de Ibiza asiática. Mas com planejamento dá pra fugir desse estereótipo e ir em casal e família.
A princípio não esperava muito de lá, mas a beleza incomparável do lugar compensou. Não há mar mais verde ou rocha mais bonita do que em Phi Phi. Não deixe de fazer o passeio para Maya Bay, cenário do filme A Praia, com Leonardo di Caprio, e já que tá na chuva, se molhe com direito a neon.
Mas se você quer conhecer as belezas desse paraíso e ficar longe do agito, não se preocupe. É possível ficar em Ko Lanta, Krabi Town, Railay ou Ao Nang e ir até a ilha passar o dia, ou se hospedar em algum cantinho mais isolado de Phi Phi. Contamos mais nesse post Vale a pena ir em Ko Phi Phi?. 🙂
Ko Lanta
Ko Lanta é uma grande ilha, que há não muito tempo atrás era apenas explorada pelos mochileiros mais aventureiros. No entanto, nos últimos anos, tem se transformado na fuga perfeita do pacote turístico tradicional, com opções em conta de pequenos bangalôs à beira mar.
Para além de suas belezas naturais, o que mais atrai viajantes à ilha é seu clima relaxado e verídico. Diferente da maioria das ilhas tailandesas, em Ko Lanta nos deparamos com pequenos templos, feiras de comida de rua e cenas do cotidiano que nos permitem vivenciar de fato a cultura tailandesa e ver os sorrisos ainda não roubados pelo turismo de massa.
Vale o lembrete que as praias não são tão espetaculares assim se comparadas com Ko Tao, Ko Phi Phi e Ko Lipe que têm aquela água super azul, mas ainda assim acho que vale a visita, sobretudo se tiver mais tempo. Como a ilha não é tão pequena, você precisará de uma scooter ou de tuktuk. Não deixe de ir às praias do Parque Nacional Marinho e à Old Town.
Acabou que só fiquei 2 noites nesta ilha num hostel super fofo chamado Hey Beach Hostel e para mim valeu para relaxar depois de sair do agito de Phi Phi, mas gostaria de ter ficado mais tempo, para conhecer mais do Parque Nacional Marinho.
Ko Lipe
Ko Lipe é uma das ilhas do Parque Nacional Marinho de Ko Tarutao, bem ao sul da Tailândia, quase na fronteira com a Malásia. É um verdadeiro cartão postal cheio de italianos e franceses e bons restaurantes com frutos do mar fresquíssimos. Apesar das acomodações mais em conta serem escassas, compensa (e muito) ficar uns dias neste paraíso.
Tire dias tranquilos e aproveite para relaxar nesse mar turquesa, fazer passeios de barco e snorkeling. Uma opção é depois seguir pela Malásia, entrando no país por Langkawi, ilha malaia em que é possível ficar mais uns dias e pegar um voo de seu aeroporto para Kuala Lumpur ou Bangkok.
Fiquei 5 dias na ilha e talvez tenha sido tempo demais. Como estava sola, me hospedei no A Plus Hostel, mas em outro estilo de viagem recomendo olhar as opções de bangalôs pé na areia da Sunrise Beach.
Outras opções
Tem ilha para todos os gostos! Se a sua praia é eletrônico, a famosa Full Moon Party, rola toda lua cheia na ilha de Ko Pha Ngan. Como não dá para escolher todas as ilhas, abri mão também de Ko Samui e Phuket, ilhas maiores e mais agitadas e que não são tão bonitas se comparadas com as demais, mas que contam com uma ótima estrutura turística.
Outras opções bem relax são também Ao Luk, Ao Nam Mao, ou Ao Thalane, para quem gosta de paraísos exclusivos.
Se locomovendo de Ferry
Antes de colecionar milhas marítimas, algumas dicas:
Primeiramente, esqueça malas grandes. A boa pedida é viajar leve, seja de mala ou de mochila (que pode facilitar o entra e sai, caminhada na areia até a hospedagem). Para comprar as passagens de ferry boat você tem duas opções: comprar os tickets com antecedência pela internet ou deixar para comprar lá, o que pode ser bem mais barato, apesar de ter que pagar em dinheiro vivo.
Se você não está indo em alta temporada, dá para reservar um período de tempo para explorar as ilhas, escolhendo apenas o local de entrada e de saída. Com as passagens aéreas garantidas, deixe para comprar os barcos por lá mesmo, assim você pode decidir melhor quantos dias ficar em cada local e reservar suas acomodações pelo celular nos aplicativos do hostelworld ou booking.com.
Bom giro! 🙂
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