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Chiang Mai, a cidade dos templos ao norte da Tailândia que vai te conquistar

por Ursulla Lodi

Não é à toa que Chiang Mai é a queridinha dos mochileiros: são mais de 300 templos, elefantes, cachoeiras, comida gostosa, meditação, thai massage em cada esquina à preço de banana, sem falar em todo o charme da old city, a antiga cidade murada com suas ruas repletas de monges, livrarias e turistas que conquistam qualquer um e a tornam ponto imperdível em seu roteiro pelo Sudeste Asiático.

O guia Lonely Planet resume a cidade perfeitamente com a expressão cultural darling. Reserve dias tranquilos para ficar por aqui, absorvendo a cultura do povo Lanna e aproveitando o que a cidade tem de melhor.

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Esse senhor <3  posando e fingindo que não tá percebendo que eu to batendo foto dele…

Quanto tempo ficar em Chiang Mai? 

É claro que isso depende muito do estilo de viagem de cada um. Chiang Mai é a segunda maior cidade do país, mas nem se compara com a vibrante e caótica Bangkok. Depois de alguns dias na capital, chegar num local com clima mais relax foi um respiro muito bem-vindo. Ficamos 4 dias e 3 noites na cidade para o Yi Peng, o Festival de Lanternas, e para o Loy Krathong (que em 2016 foram comemorados nas mesmas datas) e pra mim foi o tempo ideal para conhecer tudo com calma.

Quer saber tudo sobre o Festival? Dá uma olhada nesse post: Festival das Lanternas em Chiang Mai, Tailândia  🙂

O que fazer em Chiang Mai 

Passear pela Old City: templos, monumentos, museus e mercados

Reserve um dia para passear pela Old Walled City, apreciando a arquitetura Lanna. Utilizando o day plans do Google Trips, que podem ser salvos para funcionar em offline, partindo do portão principal, não deixe de ir no Wat Chedi Luang (80 bahts ou R$8), no templo de madeira o Wat Phan Tao e no Wat Phra Singh, que são os templos mais bonitos de dentro da cidade. Se tiver tempo, confira o Three King’s Monument e o pequeno Lanna Folklife Museum (90 bahts ou R$9), para entender um pouco mais da cultura local.

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No antigo Wat Chedi Luang, construção do século XIV, aos fundos do templo mais moderno.

Sempre que for entrar num templo, não se esqueça das regras de respeito: joelhos, busto e ombros cobertos (para os rapazes a regra é a mesma, entrar de bermuda é considerado desrespeitoso), tirar os sapatos e não apontar os pés para Buddha, nem para ninguém. Para muitas pessoas é desconfortável sentar nessa posição, mas você pode ficar em pé no cantinho, sem problemas.

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No interior do Wat Chedi Luang

Por sorte, chegamos no dia do Sunday Market (que acontece na rua do portão principal todo domingo começando às 16h) e foi uma ótima pedida para comer, olhar o artesanato e passear pela old city.

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Tuktuks no Sunday Market

Se estiver por aqui em um domingo não deixe de conferir. Mas todo dia na beira do rio rola o Night Market, mercado cheio de comidas de rua típicas, que é sempre um bom rolé noturno.

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Wat Phra That Doi Suthep 

Separe ao menos meio dia para ir até o Wat Phra That Doi Suthep ou apenas Doi Suthep, nome da montanha onde o templo está localizado, há 40 minutos de carro da cidade, passeio imperdível. O ingresso custa 30 bahts (R$3) e é recomendado chegar bem cedinho, pois como principal atração turística, fica bem cheio. Horário de funcionamento: 6-18hrs.

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Haja fôlego para os 306 degraus até o templo!

São  306 degraus até o templo, tendo a opção de usar um elevador por 20 bahts (R$2). Imagine como deve ter sido difícil construir um templo em 1383 no alto da montanha. A explicação para a escolha do local vem de uma lenda mística: o Rei Keu Naone queria construir um templo em um lugar sagrado para abrigar sua relíquia, um osso de Buddha. Sem saber qual seria este lugar, amarrou o osso nas costas de um elefante branco, que subiu a montanha e morreu em seu topo, dando o sinal de que ali seria o lugar certo.

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Recebendo boas energias no interior do Wat Doi Suthep

Fomos até lá de táxi coletivo pela bagatela de 60 bahts (R$6) e mais 40 bahts (R$4) para voltar, ou seja, compensa mais do que combinar com o motorista ficar esperando que sai em torno de 250 bahts (R$25), sobretudo, pois passam muitos táxis descendo a estrada. Tem muita gente que aluga scooter por (R$20) a diária, aproveitando para fazer esse passeio e dar um rolê nas cachoeiras que ficam perto do templo. Na saída, pegamos outro red cab por 20 bahts (R$2) para ir até a cachoeira principal a Huai Rap Sadet Waterfall, que é possível ir a pé se estiver com tênis, tomando cuidado com os carros nas curvas da estrada. Apesar de não ser nenhuma grande cascata, vale a pena o mergulho para refrescar!

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Elefantes  <3

Se você tem vontade de ficar pertinho de elefantes respeitando a grandiosidade desses seres magníficos aqui é o lugar. Mas atenção animais não são brinquedos, então pesquise muito antes de escolher onde ir e opte por passeios que sejam do tipo no riding, em que os animais fiquem soltos na floresta e não sejam em hipótese alguma maltratados. Nesses locais, não andamos nos animais, mas apenas ficamos perto, alimentamos e damos banho nestes, com toda a cautela do mundo, pois afinal de contas, apesar de acostumados com seres humanos, são animais selvagens.

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Recomendo o Elephant Nature Park, santuário que recupera animais que foram explorados no passado, dando muito carinho e amor. Se a agenda deste estiver lotada outra opção é o Dumbo Elephant Spa, com poucos animais, oferece uma opção bem intimista de passeio que pode ser de dia inteiro com almoço (2200 bahts, aproximadamente R$220) ou de meio dia (1700 bahts, aproximadamente R$170) que é mais do que o suficiente, já que basicamente é a mesma programação só que sem o almoço.

Não recomendo

Como podem ver eu sou bastante radical quando o assunto é animais em cativeiro. Por isso não recomendo jamais passeios ao Tiger Kingdom ou ao zoológico de Chiang Mai, a menos que queira tirar fotos com animais dopados, confinados em jaulas minúsculas por preços exorbitantes. 🙁

Depois de ler bastante, optamos por não fazer também o passeio até a vila onde ficam as mulheres da tribo Kayan Padaung, conhecidas mundialmente como mulheres girafas, explico. Esta tribo é oriunda do Mianmar, onde a tradição de tentar alongar os pescoços é secular. Não se sabe ao certo o motivo do uso das argolas, mas existem diversas lendas que vão desde que estas serviriam para proteger de mordidas de tigres, punir as adúlteras ou apenas, para deixá-las mais belas. Mas o fato é que estas mulheres estão na Tailândia como refugiadas e o país, infelizmente, não segue as normas da ONU de tratamento aos refugiados. O povo Kayan é proibido de sair das áreas demarcadas pelo governo, não pode trabalhar e nem tem acesso à educação. No caso das mulheres, a situação é ainda pior, exploradas como atração para sustento da família.

Outros passeios

Se tivesse mais um dia faria o bate volta para Chiang Rai, nas proximidades do Laos para conhecer o belíssimo templo branco e o templo azul. Mas como são 3h de carro para e 3h para voltar, achei que seria muito puxado! Outras opções legais caso esteja com mais tempo são ir no Grand Cannyon de Chiang Mai, fazer trekkings, aulas de culinária, massagem e meditação, opções não faltam!

Para comer bem

Nossos restaurantes favoritos em Chiang Mai foram o Swan Birmanese Cousin, restaurante de comida birmanesa, com tempero sensacional, água de coco e wi-fi (317 bahts ou R$31, por entrada, prato principal e duas águas de coco) e o Cooking Love (220 bahts ou R$22, por uma comida maravilhosa!). Opções legais não faltam na cidade como o Lemongrass e o Kow Soy Siri Soy. Para tomar uma Chang e curtir um som a noite, não deixe de ir no The North Gate Jazz Co-Op, mas confira previamente se é dia de jazz para não dar de cara na porta.

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Já perdi a conta de quantos padthai comi por aqui!

Thai Massage

Sem dúvidas, Chiang Mai é a melhor cidade da  Tailândia para fazer a famosa thai massage, massagem corporal em que utiliza-se o peso do corpo para relaxar e alongar os músculos de quem recebe o tratamento. Os preços são absurdamente baratos e opções de lugares e tipos de massagem não faltam (de R$15-50 por 1h, dependendo do lugar e do tipo de massagem). As mais comuns são a foot massage, a oil massage e a thai massage. Dos 4 dias que ficamos por lá, fizemos 3 massagens. 🙂

Recomendo o Lila (200 bahts ou R$20 por 1h) e o Phurin Massage (300 bahts ou R$30, muito bem investidos, por 1h) que possui diversas lojas na cidade, e o Abson Massage, local mais simples e muito peculiar que descobrimos por acaso (200 bahts ou R$20 por 1h). Se quiser escolher apenas um local para ir, recomendo o Abson Massage, os massagistas são muito engraçados e sensacionais! Vão te quebrar, mas você vai agradecer! Me falaram muito bem também da escola de massagem onde é possível fazer cursos, mas não tive tempo de conferir.

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Como chegar e se locomover em Chiang Mai

Para chegar em Chiang Mai vindo de Bangkok: existem basicamente duas opções: trem noturno ou 1 hora de avião. Como chegamos em cima da data do Festival de Lanternas, optamos pelo voo, mas em outras circunstâncias teria escolhido ir de trem, por toda a experiência que a viagem em si pode proporcionar.

Uma vez na cidade, a melhor maneira para se locomover é a pé e, dependendo da distância, os táxis coletivos. Além de divertidos, no geral, os táxis coletivos são bem mais baratos que tuk tuk e passam, literalmente, de 1 em 1 minuto. É bom dar aquela barganhada básica, perguntar o valor antes e propor o seu preço. No geral, para percursos dentro da cidade o preço varia entre 20-30 bahts (R$2-3).

Uma dica interessante é pegar um cartão de onde você tá hospedado, como o nome em tailandês, para facilitar a explicação para o motorista. Inclusive, nós sempre pedíamos para o pessoal da recepção escrever em thai para gente o local de onde queríamos ir, o que era um super adianto, apesar da maioria dos motoristas entender o básico de inglês.

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Táxis coletivos na estrada do Wat Doi Suthep. Melhor opção para se locomover pela cidade.

Você pode também alugar uma scooter (em torno de 200 bahts ou R$20, diária) ou uma bike (em torno de 70 bahts ou R$7, diária), mas vá com cuidado! Vi em toda a Tailândia muita gente machucada por ter caído, sem falar nos custos do conserto que podem ser quase o preço da moto.

Onde ficar?

A Old City de Chiang Mai é um grande quadrado cercado por muros em estilo medieval construídos a mais de 700 anos para defender a cidade de ataques dos birmaneses. À beira do rio é o centro turístico da cidade.

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O gate principal da Cidade Murada

Me hospedei num hostel gracinha chamado Oxotel. A única desvantagem é que este não ficava no Old Quarter, mas em U Chiang Mai, nos arredores do quarteirão antigo. Mas como locomover-se de taxi coletivo por dentro da cidade é bem tranquilo e barato, não foi um problema.

Mas uma boa opção de  low coast  na Cidade Antiga é o Baan Moutien. Para quem vai em esquema mochileiro, tem também o Green Sleep Hostel e o Tamada Hostel, mais perto do Night Bazar. Agora, para quem não está economizando, não faltam hotéis conforto como o Buri Gallery House e Resort e o Anantara Chiang Mai Resort.

Mais sobre Chiang Mai:

Chiang Mai, a cidade dos templos ao norte da Tailândia que vai te conquistar

Mais da Aventura Asiática:

Este post faz parte de uma série da Aventura Asiática, meu mochilão de 4 meses pelo Sudeste Asiático, passando por 8 países! Confira outros artigos sobre a Tailândia e muitos outros lugares da região aqui.

Quer ver mais fotos dessa viagem? Confira a #aventuraasiática e o Instagram @bloggiramundo.

 

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Bom giro! 🙂

 

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2 Comentários

Yi Peng e Loy Krathong: tudo o que rolou no Festival das Lanternas em Chiang Mai, Tailândia – Gira Mundo 07/12/2016 - 12:51

[…] lançados no rio. Apesar de ser comemorado em quase todo país, o principal local dos festejos é Chiang Mai, onde acontece uma grande programação em toda a […]

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Nossas ilhas escolhidas na Tailândia – Gira Mundo 03/01/2017 - 14:08

[…] Chiang Mai, a cidade dos templos ao norte da Tailândia que vai te conquistar […]

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