Festival das Lanternas em Chiang Mai, Tailândia

Todo mês de novembro, na décima segunda lua cheia do ano segundo o calendário thai, acontece o Yi Peng, o famoso festival das lanternas da Tailândia, que normalmente coincide com o Loy Krathong, o festival das luzes. Os festivais são uma forma de homenagear Buda, trazendo boas energias e concretização de desejos.

São acendidas lanternas e ofertados krathongs, receptáculos que contém oferendas, flores, incensos e velas, lançados no rio. Apesar de ser comemorado em quase todo país, o principal local dos festejos é Chiang Mai, onde acontece uma grande programação em toda a cidade.

Como já planejava meu mochilão para o Sudeste Asiático para esta época, fiz questão de coincidir as datas para estar por lá durante o festival. A expectativa era altíssima.

Com o período de luto pelo falecimento do rei Bhumibol Adulyadej e consequente alteração da programação do festival, encontrei uma dificuldade muito grande para achar informações na internet na época… Cada lugar dizia uma coisa sobre o evento. Por isso esse post, com dicas e informações sinceras de quem esteve no evento.

Como foi

Apesar de ter sido um evento lindíssimo, no geral, lá vai a dura realidade: sabe aquelas fotos maravilhosas que vemos na internet? São de uma cerimônia fechada que rola na Universidade Mae Jo que fica a 40 minutos da cidade, cujos os ingressos são caríssimos (em torno de 200 dólares) e limitados.

Analisando toda a situação, pensamos o seguinte: pagaríamos uma nota para algo que parecia ser artificial, afinal de contas só teriam turistas, sem falar que aquelas fotos maravilhosas acontecem durante os 5 segundos em que as lanternas ficam na altura perfeita.

Posteriormente, descobrimos que é possível ir até a Universidade Mae Jo de tuktuk e observar de longe as pessoas que compraram ingressos lançando suas lanternas, sem pagar os ingressos caríssimos, o que deve ser bem bonito. Mas não cheguei a fazer isso.

Optamos por permanecer na cidade, onde a população comemoraria o Loy Krathong e as pessoas lançariam seus balões na ponte Saphan Nawarat, na altura do Night Market, onde passamos a primeira noite do festival até que o tumulto nos obrigou a voltar pra casa mais cedo.

É bom saber que as lanternas podem ser adquiridas no dia, por preços acessíveis. Nos contaram também que todo ano o governo tenta proibir ou controlar a soltura, sem muito sucesso, pois os balões provocam incêndios e queimadas. O que eu vi foi que apenas os turistas lançam as lanternas. O festival principal, dos tailandeses, é mesmo o Loy Krathong… Ai fica da sua consciência sobre adquirir ou não uma lanterna.

No segundo dia de festival, atrás de algo mais autêntico da cultura local, optei por ir até o Wat Phan Tao, onde acontecia uma cerimônia lindíssima, com poucas pessoas e ótima energia. Turistas e fotógrafos do mundo todo contemplavam os monges meditando, acendendo suas lanternas e velas.

Esse evento do Wat Phan Tao, fez valer estar em Chiang Mai para o festival, pois se fosse pela experiência do primeiro dia na cidade, com clima de Réveillon em Copacabana, teria sido bem aquém de qualquer expectativa.

O que recomendo:

Minha dica, é ir na universidade Mae Jo no primeiro dia – podendo observar as lanternas de longe sem pagar os ingressos – ficando no Wat Phan Tao no segundo dia para ver a cerimônia.

Vale a pena ir no festival das lanternas?

É inegável que na hora que as lanternas sobem é uma coisa linda! O céu fica cheio de pontinhos iluminados, emocionante. O clima na cidade também fica super alto astral. Mas, posso dizer que a expectativa superou a realidade. Bem verdade, que o ano de 2016 foi atípico, por conta do festival ter caído no período de luto, como mencionei no início do post.

Mas em resumo, acho que vale a pena ir no festival de lanternas se você já vai pra Tailândia nesta época, até mesmo porque Chiang Mai é encantadora, um dos locais, se não o local, que mais gostei no país, valendo inclusive estender a visita para outra vila próxima com um clima bem hippie, Pai. O norte da Tailândia me encantou muito do que as belas praias, por mostrar muito mais da cultura local, riquíssima.

Contudo, não diria para ter o festival de lanternas como pressuposto para sua viagem, pois você pode se decepcionar por ter idealizado uma fotografia.

Onde se hospedar em Chiang Mai

Me hospedei num hostel gracinha chamado Oxotel. A única desvantagem é que este não ficava no Old Quarter, mas em U Chiang Mai, nos arredores do quarteirão antigo. Mas como locomover-se de taxi coletivo por dentro da cidade é bem tranquilo e barato, não foi um problema.

Mas uma boa opção de  low coast  na Cidade Antiga é o Baan Moutien. Para quem vai em esquema mochileiro, tem também o Green Sleep Hostel e o Tamada Hostel, mais perto do Night Bazar. Agora, para quem não está economizando, não faltam hotéis conforto como o Buri Gallery House e Resort e o Anantara Chiang Mai Resort.

Mais sobre Chiang Mai:

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Mais da Aventura Asiática:

Este post faz parte de uma série da Aventura Asiática, meu mochilão de 4 meses pelo Sudeste Asiático, passando por 8 países! Confira outros artigos sobre a Tailândia e muitos outros lugares da região aqui.

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