Prepare-se para relaxar e reprogramar o seu itinerário! Luang Prabang também vai seduzir você.
Listamos 10 atrações e atividades imperdíveis em Luang Prabang para você não ter dúvidas em incluir a cidade mais charmosa do Laos em seu roteiro pelo Sudeste Asiático!
1. Passear no centro antigo, o Old Quarter
O Old Quarter é o coração cultural de Luang Prabang, repleto de antigos casarões franceses, pequenas lojinhas e templos ao estilo laociano. Um passeio muito agradável é percorre-lo a pé ou de bicicleta, descendo a rua Th Sisavangvong, viajando nas cenas cotidianas do Laos. No caminho, fazemos algumas paradas obrigatórias, nos pontos turísticos da cidade.
Wat Xieng Thong
O templo dourado é o principal monastério de Luang Prabang, de onde os monges partem em sua procissão diária na ronda das almas. Composto por um templo principal que data de 1560 e várias pequenas capelas, o monastério encanta pelos detalhes: lindos mosaicos coloridos, pinturas douradas, carruagens cerimoniais ornadas e muitos Budas. Um verdadeiro santuário para visitar com calma, apreciando. A entrada custa 20.000 kip (~ 2,50 dólares), usados para manutenção do templo.
Monte Phou Si
No centro do Old Quarter, fica o monte Phou Si ou Phu Si, uma colina de 100 metros de altura com uma stupa no topo, chamada That Chomsi, que possibilita um visual 360 graus do delta e da cidade. Viciados em pôr do sol podem preferir subir os 329 degraus no final da tarde, quando o monte fica lotado de turistas.
Os ingressos custam 20.000 kip, (~ 2,50 dólares). Mas é bom saber que é possível ir depois das 18:00 sem pagar nada.
Museu do Palácio Real e Wat Ho Pha Bang
Construído em 1904 para ser a residência principal do Rei Sisavang Vong, o Palácio Real ou Ho Kham abriga hoje um pequeno museu de objetos da família real dentro dos cômodos originais. Os grandes destaques são a belíssima arquitetura da fachada, a imponente Sala do Trono e a coleção de carros reais. Não se esqueça que você deve estar “vestido apropriadamente” para entrar, o que significa sem braços e pernas de fora.
Logo na entrada, rodeado de bouganvilles, fica o templo real, o Wat Ho Pha Bang que guarda o tesouro mais precioso do Laos: o Pha Bang, um Buda de ouro de 83 centímetros que dá o nome à cidade.
Horário de funcionamento: 8:00-11:30 e 13:30-16:00, de quartas a segundas. Última entrada as 15:30. Ingresso: 30.000 kip (~ 4 dólares).
2. Se aventurar nos mercados da cidade
Quase todas as cidades do Sudeste Asiático tem ao menos um grande mercado, onde se vende de tudo: comida, roupas, artesanatos e itens além da nossa imaginação. Os mercados de Luang Prabang são particularmente especiais e merecem a boa fama que têm!
Night Market
Todos os dias, com o cair da noite, a Rua Th Sisavangvong vira um lindo e rico mercado, o famoso mercado noturno de Luang Prabang. O Night Market é um ótimo lugar para fazer achados e colocar suas táticas de barganha em ação, ou apenas andar, apreciando os coloridos artesanatos locais expostos no chão. Não deixe de ir no pequeno beco lateral a buffet street, onde é possível ter o banquete mais barato da sua vida, ao estilo “coma tudo que couber no seu bowl e pague 2 dólares”. Horário de funcionamento: domingo a domingo, das 17:00-22:00. Uma dica é não chegar na hora de maior movimento, das 19:00-20:00.
Mercado Diurno
O mercado diurno, por sua vez, lembra mais uma feira onde vende-se de tudo um pouco, mas principalmente alimentos. Bem menos turístico que o Night Market, é onde os moradores compram seus vegetais, frutas, carnes e outros ingredientes frescos. A visita é uma boa experiência da vida cotidiana local, mas se prepare para ser empurrado, pois acontece em uma pequena rua estreita.
3. Participar do Tak Bat, a cerimônia do alms giving
Todos os dias às 6 horas da manhã acontece o Tak Bat, o ritual da ronda das almas, também conhecido como alms giving. Monges de pés descalços percorrem as ruas do centro histórico da cidade coletando seu alimento diário: alms, oferendas dadas pelas pessoas, que consistem basicamente em sticky rice e frutas. Ao final os monges entoam o canto de agradecimento, simbolizando a troca do alimento físico pelo alimento espiritual.
A cerimônia é um lindo movimento em que a maioria dos turistas participa como testemunhas, mas se tiver a chance participe doando alms. Se quiser tirar fotos, tome muito cuidado para não desrespeitar este momento, seja cauteloso, bata de longe e sem flash.
Apesar do Tak Bat ocorrer em todos os países budistas, é no Laos que a tradição religiosa é mais conhecida e mantida viva, sendo um símbolo de Luang Prabang, portanto, não deixe de vivenciar esta experiência!
Alms Giving, meu relato no diário de viagem:
“Hoje acordamos antes do amanhecer para participar da ronda das almas.Ser monge no Laos, e nos países budistas em geral, é super sagrado. A maioria dos homens laocianos já foi monge em algum período da sua vida, seja para aprender sobre valores, religião ou apenas para receber educação de qualidade gratuita, oferecida pelos monastérios. Eu não sabia, mas é possível ser monge por um dia, meses, ou pela vida toda – e, assim, se preserva as tradições e cultura do país. Quem nos acompanhou e preparou nossos alms – muitas bananas e 3 potinhos de palha de sticky rice – foi o Ben, o proprietário da nossa guesthouse que, inclusive, já foi monge por 2 anos, quando adolescente, após seu pai falecer.
O ritual diário é um lindo movimento, em que os moradores locais, em sua maioria senhoras mais velhas, preparam todos os dias o alimento dos monges que passam em fila, coletando as doações. Seguindo as instruções do Ben, de pés descalços e “roupas de templo”, depositamos um pouquinho de sticky rice e uma banana em cada cesto. Ao final, o canto de agradecimento, completando a troca do alimento físico pelo espiritual, emocionante! Os alms são a base da alimentação dos monges, que só podem comer até as 11 hrs da manhã, praticando jejum de alimentos no resto do dia.”
4. Rio Nam Kham e sua Ponte de Bambu
Luang Prabang fica no delta do Rio Mekong, sendo cortada por um de seus braços, o Rio Nan Kham, o que possibilita lindas vistas para suas águas. Para os mais aventureiros, que não se contentam em caminhar apreciando suas margens ou com um passeio de barco para ver o sol cair no Mekong, fica a boa notícia que não faltam opções de ecoturismo, sendo, ainda, possível descer o rio em um rafting na estação seca, já que após as monções as correntezas ficam perigosas.
Inclusive, se você visitar a cidade durante a estação seca, não deixe de cruzar a peculiar Ponte de Bambu. A passagem alternativa ao estilo Indiana Jones é montada e desmontada a cada 6 meses por uma única família que controla e cobra seu “pedágio” há gerações. Vale a pena conferir, aproveitando para ir no delicioso restaurante que fica na outra margem, o Dyen Sabai, famoso pelo lao fundue. Preço do pedágio: 5.000 kip (~ 0,75 dólares), mas a noite não existe controle.
5. Nadar em cascatas azuis turquesa: Kuang Si e Tad Sae
Talvez o principal motivo de Luang Prabang ter se tornado a queridinha dos roteiros pelo Sudeste Asiático tenha sido sua proximidade de belíssimas cachoeiras de água azul turquesa. As cascatas Kuang Si e a Tad Sae, que ficam nos arredores da cidade, atraem os turistas viciados em natureza.
Cachoeira Kuang Si
Kuang Si é majestosa, parece de mentira de tão linda que é! Não é pra menos que se tornou um must-see do Sudeste Asiático. Localizada a 40 minutos de carro da cidade, a melhor maneira de ir até lá é fechando com um tuk-tuk ou alugando uma moto. Mas se você preferir é possível comprar um tour nas pequenas agências locais que ficam na rua principal da cidade, que normalmente fazem alguns pacotes casados.
Logo na entrada fica um pequeno centro de reabilitação de Ursos Himalaios resgatados do cativeiro, que merece a visita e, se possível, a doação, através da compra de algum de seus produtos. Continuando a pequena caminhada em direção a cachoeira, começamos a ouvir o barulho do rio, ver os pequenos córregos e logo chegamos aos primeiros poços e piscinas azuis turquesa, que são os melhores pontos para banho. Mas o melhor ainda está por vir! A impressionante cascata azul de 60 metros, que deixa qualquer um de queixo caído.
O ingresso custa 30.000 kip (~ 4 dólares). Uma dica é chegar bem cedo, antes dos grandes grupos. É possível fazer a pequena trilha para chegar ao topo, só não esqueça de levar calçados apropriados e água.
Cachoeira Tad Sae
Apesar de não ser tão suntuosa como a Kuang Si, fica bem menos lotada e acaba, por isso, sendo melhor para banho. Localizada a 15 km da cidade, minha opção foi fechar um passeio que ia até lá de bicicleta numa das pequenas agências da cidade e foi super divertido! Como nem todo mundo tem a mesma disposição para pedalar fui só eu e meu simpático guia. Depois de relaxar na cachoeira, encontramos o resto do grupo para descer o rio de caiaque. De bicicleta, caiaque, moto ou tuk-tuk, vale a pena sair da cidade e nadar em suas pequenas cascatas azuis cristalinas. 🙂
6. Ir nos cliffs do Pak Ou Caves
Nas montanhas Nam Ou, à 25 km ao norte de Luang Prabang, subindo o Rio Mekong, ficam os belos cliffs de pedra repletos de imagens de Buda do Pak Ou Caves. Infelizmente, não tive tempo para fazer esse passeio, mas a maioria dos barcos que vão até lá param também em vilarejos indígenas que produzem o lào-lào, rice whisky, sendo uma agradável opção se estiver com mais tempo na cidade (ver item 9.).
7. Ficar na dúvida entre fazer um curso de culinária ou uma aula de yoga
A culinária do Laos é deliciosa e surpreendente. Uma boa maneira de experimentá-la e, de quebra, aprender algumas receitas como o mok pa, peixe ensopado em folhas de bananeira e a famosa sopa de bambu, é fazendo uma aula de culinária que dará uma boa noção sobre os temperos, comidas e técnicas locais. Os cursos que mais recomendamos são os da Tamarind Cooking School e o da Bamboo Tree Cooking School, que são também ótimos restaurantes para conferir na cidade. As aulas custam em torno de 200.000 kip (~ 25 dólares) e acontecem todos os dias na parte da tarde, podendo ser combinadas com visitas ao mercado.
Para ver mais dicas de onde comer veja o post: se apaixone pelo Laos em Luang Prabang.
Outra opção é se arriscar numa aula de yoga, para meditar e entrar no ritmo da cidade. As aulas, de contribuição livre, acontecem todos os dias no deck com vista para o rio do Bar Utopia. O bar é inclusive uma delícia para relaxar, comer e beber a noite, em seu jardim com mesas ao chão. Horários: 7:30 da manhã, de segunda a sábado e domingos as 17 horas (com direito ao visual do pôr do sol).
Oh dúvida cruel. Melhor é não ficar em dúvida e fazer logo as duas atividades…
8. Ir ao Boliche
Já pensou em ir ao boliche no Laos? Todas as noites depois que o Bar Utopia fecha, o movimento segue quase que tradicionalmente para o Beco do Boliche. Sim, é apenas um boliche normal, mas um ótimo lugar para se divertir, beber uma Bearlao (cerveja mais famosa do país) e socializar com muita bola rolando na canaleta!
9. Visitar vilas e comunidades tradicionais
O Laos é um país multi étnico, os laocianos compõem apenas cerca de sessenta por cento da população. Os outros quarenta porcento são compostos por outros grupos étnicos, como os Hmong e outras tribos indígenas, que migraram do sul da China, ao longo dos séculos. Estes grupos, possuem idiomas próprios e habitam, sobretudo, as regiões montanhosas do país.
Nos arredores de Luang Prabang existem vários pequenos vilarejos destas comunidades tradicionais que vivem da venda de seus belos artesanatos e produtos típicos. Vale a pena a visita, que pode ser feita no caminho da cachoeira Kuang Si ou subindo o rio em direção ao Pak Ou Caves.
10. E, sobretudo, relaxar
Luang Prabang pede calma e nos ensina a ter calma. Por tanto, entre uma cachoeira e outra, permita-se passar a tarde lendo um livro, comendo um croissant quentinho no Le Banneton, ou contemplando a vista do Utopia.
E, para fechar um dia super agradável, não deixe de experimentar a lao massage em um dos pequenos e tradicionais spas da cidade, como o Hibiscus Massage. Estes pequenos lugares mágicos possuem um cardápio de opções e no geral não são caros. Os preços variam entre variam de 50.000 – 100.000 kips.
Não tem como não morrer de amores por esta cidade!
Para saber mais sobre Luang Prabang, quantos dias ficar, onde se hospedar e comer, veja o post: Se apaixone pelo Laos em Luang Prabang
Bom giro! 🙂